A Controladoria-Geral da União (CGU) já autuou 16 processos relacionados a servidores públicos federais envolvidos nos atos terroristas de 8 de janeiro deste ano. A Corregedoria-Geral da União iniciou análise sobre a participação de agentes públicos nos atos antidemocráticos a partir do recebimento de denúncias e fontes (sites, redes sociais, etc.).
Até o momento foram autuados 16 processos, dos quais: dois resultaram em envio de expediente aos órgãos para a devida apuração; cinco ainda se encontram em análise inicial; e nove foram arquivados, por estarem relacionados a agentes públicos já aposentados à época dos fatos, terceirizados ou estagiários.
O Metrópoles perguntou à CGU quais são os órgãos em que estes servidores estão lotados, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação futura do órgão.
Apesar da Controladoria não informar quais os nomes dos agentes públicos envolvidos no vandalismo em Brasília, o Metrópoles mostrou casos de funcionários de órgãos públicos que foram identificados participando do ato terrorista. Alguns deles são:
- Daywydy da Silva Firmino: Paraibano, 30 anos, estagiário do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
- Robson Rodrigues Baiense: Assistente em administração do Instituto Federal do Triângulo Mineiro, 57 anos, concursado.
- Jaqueline Konrad: Técnica em enfermagem, concursada da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) de 36 anos.
- Frederico Rosário Fusco Pessoa de Oliveira: 60 anos, médico da Secretaria de Saúde do DF. Está entre os presos pelo vandalismo.
Servidores do GDF
Já o Governo do Distrito Federal identificou 17 servidores civis que participaram dos atos terroristas do último dia 8 de janeiro de 2023. A Controladoria-Geral do DF (CGDF) é responsável pelos procedimentos de investigação preliminar, que seguem em curso.
Segundo a CGDF, os servidores que participaram da invasão e depredação do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) pertencem à Secretaria de Saúde, à Secretaria de Educação, à Secretaria de Justiça e Cidadania, e a outros órgãos. Confira a lista:
- 4 servidores da Secretaria de Saúde (SES);
- 3 servidores da Secretaria de Educação (SEE);
- 2 servidores da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus);
- 1 servidor do Instituto Brasília Ambiental (Ibram);
- 2 servidores da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração;
- 1 servidor da Secretaria de Desenvolvimento Social;
- 1 servidor da Procuradoria-Geral do DF;
- 1 servidor da Secretaria de Esporte e Lazer;
- 1 servidor da Secretaria de Administração Penitenciária; e
- 1 empregado público da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap).
A CGDF identificou os profissionais a partir de denúncias e de investigação própria, por meio de dados trocados entre órgãos do GDF, notícias da imprensa e lista de presos divulgada pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seape).
Metrópoles