Desde antes das eleições de 2018, a Condsef/Fenadsef e suas entidades filiadas alertavam para os perigos da política defendida e representada pelo então candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro. Com Paulo Guedes como principal nome de sua equipe econômica, desde o início era clara a condução de um projeto ultraneoliberal com intenção de “privatizar tudo”. Se 2020 foi um ano com dificuldades agravadas pela pandemia de Covid-19, maior crise sanitária do último século, os obstáculos que servidores e serviços públicos vêm enfrentando tem se avolumado, especialmente a partir de novembro de 2016, que marca o golpe que provocou o afastamento definitivo da presidenta eleita, Dilma Rousseff, e a aprovação da Emenda Constitucional (EC) 95/16, do teto de gastos, já com Michel Temer no poder.
As dificuldades dessa caminhada estavam previstas. Mas enfrentar a pandemia de Covid-19 tendo a frente um governo que tem como projeto a destruição do Estado brasileiro nos exigiu superação. Essa é a palvra que melhor dá conta de resumir um ano tão complexo e cheio de desafios quanto foi 2020. Enfrentamos com dignidade e cabeça erguida os ataques e ameaças que sofremos. Tão grave quanto o vírus, que vitimou quase 200 mil brasileiros, tem sido a desastrosa condução dessa crise sanitária com impactos diversos pelo governo Bolsonaro-Guedes. De um lado um presidente negacionista, de outro membros do governo seguindo uma cartilha sem planos.
Esse foi um ano marcado por reações vindas da sociedade civil organizada, entidades e centrais sindicais, movimentos sociais, pressões da oposição, interferências do Judiciário e atuações do Legislativo. A aprovação do auxílio emergencial de R$600 veio desse conjunto de pressões e para 2021 Bolsonaro diz que não irá renovar. A pandemia não terminou. Chegamos a dezembro com aumento acelerado de taxas e nos aproximando perigosamente das graves estatísticas de quando passamos pelo auge do que se convencionou chamar primeira onda da doença.
Se o prognóstico para 2021 preocupa, ele deve também nos manter em alerta. A ampliação da unidade se fará fundamental para superar os desafios que vamos continuar enfrentando. Para nos lembrar os motivos de seguir na luta, listamos alguns motivos que vão ser publicados em nossas redes sociais no Facebook e Instagram nos próximos dias.
Para 2021 esperamos boas notícias. A Condsef/Fenadsef e suas filiadas estarão com a CUT à frente de uma grande campanha em defesa dos servidores e serviços públicos. Ampliar o debate com a sociedade a respeito da importância de defender o que é o nosso será tarefa primordial. Estamos preparados para construir a unidade e nos mobilizar em torno de nossas principais bandeiras de luta. Estamos prontos para lutar contra um governo que já causou tanta destruição e provocou tantas mortes. Chega de retirada de direitos, chega de mentiras. Desejamos a todas e todos um feliz Natal e um 2021 de muita saúde, lutas, avanços e conquistas.
Condsef/ Fenadsef