Cinco anos sem qualquer reajuste, arrocho salarial, aumento no preço dos alimentos, combustíveis, gás de cozinha, remédios e a inflação já em dois dígitos que retorna para assombrar a vida dos brasileiros.
Esse cenário, o descaso do governo e a falta de investimentos e cortes bilionários no orçamento da União em setores essenciais unem servidores públicos federais em torno de uma greve por reposição salarial emergencial. A quarta-feira (23), foi marcada por atividades em todo o país.
Paralisação de atividades iniciada com servidores do INSS, protestos em frente ao Ministério da Economia, em Brasília, na vigília permanente instalada para cobrar abertura de um canal de negociações com o governo, e manifestações em defesa dos servidores e serviços públicos pelo Brasil reforçaram a mobilização em defesa do pleito central da categoria.
O percentual emergencial de 19,99% que está no centro da reivindicação da categoria corresponde a perda inflacionária do governo Bolsonaro.
Após três anos de silêncio, o Ministério da Economia recebeu na última terça-feira ( 22), representantes do conjunto dos federais (Fonasefe), mas apenas reafirmou que não tem condições de abrir negociações que gerem impacto financeiro por limitações orçamentárias.
A promessa feita aos servidores é de que até o dia 1º de abril uma resposta oficial será dada ao pleito da categoria. Nossas ações de pressão e o início da greve foram fundamentais para que o governo acenasse com essa primeira reunião, mas é preciso manter e reforçar o processo de mobilização.
Durante a vigília nessa quarta (23), em frente ao Ministério da Economia, o secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva, destacou que há vários dias a categoria está em frente ao Bloco P, onde o ministro Paulo Guedes dá seu expediente, e em apenas um o ministro foi visto.
É greve porque é grave!
Só não virá a reposição se o governo não quiser! Nossa resistência, pressão e nossa luta é que vão ditar o tamanho de nossa vitória!
Vamos ficar atentos às datas! Falta menos de 20 dias para que o governo decida sobre reajustes para o funcionalismo.
Não podemos mais suportar a falta de diálogo, falta de investimentos no setor público, o congelamento e o arrocho salarial imposto por esse governo. Seguiremos firmes e em luta até sermos atendidos.
Condsef/Fenadsef