Representantes do Fonasefe foram recebidos nessa terça-feira (2), de manhã pelo diretor de Relações do Trabalho na Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal, Cleber Izzo. A agenda foi conquistada dentro do calendário de atividades que acontece ao longo dessa semana como parte da luta para garantir a inclusão do funcionalismo no orçamento 2023.
Há quase seis anos com salários congelados, a reivindicação da maioria continua sendo para que o governo garanta a recomposição das perdas inflacionárias ocorridas durante o governo Bolsonaro.
Até dezembro perdas devem superar 32%
Em janeiro desse ano a categoria apresentou o percentual de 19,99%, mas até o final desse ano essas perdas devem superar os 32%.
Na reunião esta manhã, Izzo disse que o governo não pode ainda afirmar nada, mas que a demanda dos servidores está em debate junto aos setores competentes. Sem oferecer garantias, o representante do governo sinalizou um retorno ao Fonasefe entre os dias 23 e 24 desse mês.
A expectativa é de que nessa nova reunião o Ministério da Economia faça uma apresentação formal aos representantes da categoria do que o governo tem como proposta final na LOA para o funcionalismo.
A menos de um mês do prazo final para encaminhar a proposta ao Congresso o tempo é curto. A reivindicação central do funcionalismo continua sendo de minimamente a reposição da inflação do período.
“Não reivindicamos reajuste e sim reposição de perdas inflacionárias”, destaca Pedro Armengol, diretor da Executiva da CUT e da Condsef/Fenadsef. Vale destacar que a reposição inflacionária é um direito previsto na Constituição.
Teto de gastos não é congelamento
Em carta que será direcionada aos parlamentares na busca por apoio na inclusão do funcionalismo no orçamento 2023, o Fonasefe afirma que a Emenda Constitucional (EC) 95/16, do teto de gastos, não pode ser utilizada como desculpa para não atender o funcionalismo.
“A própria LDO já prevê que algumas categorias poderão ter reajuste e até mesmo autorização de concurso. Não poderia o governo se apropriar da inflação congelando salários e transferindo o dinheiro para outras despesas sem vínculo com o serviço público”, destaca um dos trechos da carta.
Em campanha por reajuste emergencial desde janeiro, o Fonasefe também reivindica a instauração de uma mesa de negociação efetiva no próximo governo. Além de não conceder reajuste aos servidores e se tornar o primeiro presidente em vinte anos a não conceder qualquer reposição a servidores, Bolsonaro ignorou todos os pedidos de abertura de negociações.
O Fonasefe segue atuando tanto na cobrança direta ao Executivo quanto buscando apoio numa ação imediata dos parlamentares que possa alterar esse cenário de desmonte dos serviços públicos e desvalorização dos servidores.
Condsef/Fenadsef