O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) pediu paciência aos servidores públicos federais insatisfeitos com a proposta de reajuste salarial linear de 5%, feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Mourão culpou a pandemia da Covid-19 pela falta de dinheiro nos cofres da União para conceder o aumento pedido pelos funcionários públicos.
“Não tem dinheiro, né? É uma realidade. Nós, que somos funcionários públicos, temos que entender que o aumento salarial só pode ocorrer se tiver aumento da nossa arrecadação [e que seja] consistente com o aumento do PIB (Produto Interno Bruto)”, disse o vice-presidente, na manhã da última quarta-feira (4).
O general da reserva, que é pré-candidato a senador pelo Rio Grande do Sul, alegou que o país passa por momentos difíceis, principalmente por causa da pandemia.
“Nós estamos saindo de dois anos difíceis, com uma pandemia e com problemas sérios no mundo, como um todo, [além dos] reflexos do conflito lá no Leste Europeu. Então, as pessoas têm que entender – nós, funcionários públicos – que não perdemos o emprego. Muita gente perdeu o emprego. Então, não está bom o salário? Não está, mas vamos esperar a oportunidade pra que isso possa ser equalizado”, completou.
Lembrando o compromisso firmado por Bolsonaro com algumas categorias, em especial as policiais, Mourão disse que todos os servidores precisam ter paciência.
“O presidente tomou uma ideia inicial que ele recua, né? Então, hoje, qual é a decisão que ainda não está efetivamente oficializada? Um aumento linear para todo mundo de 5%. Ah, é o necessário? Não, não é o necessário, mas é o possível”, argumentou o general que quer ser senador.
No entanto, Mourão considera normais as pressões dos servidores por reajustes salariais.
“Nunca ninguém está satisfeito com seu salário. É uma realidade, né? Todo mundo quer ganhar um pouquinho mais, né? Todos nós queremos isso. Aquela história, o patrão, ele paga quando ele aumenta lá o rendimento dele. Essa é a realidade.”
O Tempo