Servidores e servidoras do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) tem questionado a Condsef, a CNTSS e a Fenasps sobre as entidades estarem inviabilizando o processo de um plano de carreira da categoria que já estaria em vias de aprovação. O diretor da Condsef/Fenadsef, da CUT e servidor público técnico administrativo do MTE, Pedro Armengol de Souza, se juntou ao secretário-geral da Confederação, Sérgio Ronaldo da Silva, para alguns esclarecimentos.
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Desde 1990 os servidores do MTE se organizam em torno de sindicatos gerais que se organizam em torno da Condsef/Fenadsef. São 32 anos de muita luta, conquistas e embates. Desde ano passado, quando da última greve dos servidores do MTE, essa luta vem sendo manipulada por interesses de pessoas que não representam os trabalhadores do MTE.
A preocupação maior vem do tipo de manipulação e expectativas falsas que essas pessoas estão levando para a categoria, mesmo sendo pequenos para destruir instituições tão sólidas quanto nossos sindicatos e nossa Confederação. No ano passado, tentaram por várias vezes excluir as entidades legítimas que representam a maioria absoluta dos técnicos administrativos do MTE promovendo movimentos que culminaram numa proposta de plano de carreira fictícia, numa proposta de plano de carreira fake news.
O tempo provou que o governo Bolsonaro sequer autorizou qualquer recomposição nos salários dos servidores, tendo sido o único presidente em pelo menos vinte anos a não dar qualquer reajuste ao funcionalismo. Num cenário completamente adverso onde os ataques aos servidores foram frequentes, não houve qualquer possibilidade de avanço que garantisse efetivamente um plano de carreira. Destacamos que esta é uma reivindicação justa, histórica e legítima da categoria. “Mas só quem não entende a conjuntura brasileira acredita que hoje estaria sendo encaminhado um plano de carreira maravilhoso, isso é irreal. Inclusive, como servidor do MTE eu também quero e espero um excelente plano de carreira. O que não podemos é colocar expectativas que não são reais, num momento de discussão inclusive de arcabouço fiscal extremamente restritivo inclusive para servidores públicos”, pontuou Armengol.
‘Pauta fake news’ atrapalha o legítimo debate de carreira
A Condsef/Fenadsef nunca foi e jamais será contrária a pautas de reivindicação de sua base. Mas não vamos legitimar quem é ilegítimo e nenhuma pauta fake news. Nossa entidade tem responsabilidade e não pode concordar jamais que se gere falsas expectativas na categoria já bastante atacada e sofrendo consequências graves de sucessivos anos de política de desmonte que atinge a todo o serviço público brasileiro. Seguimos lutando pela valorização dos servidores e investimentos adequados no fortalecimento dos serviços públicos que passam pela necessidade de debate franco, mobilização, pressão e luta pela reestruturação de planos de carreira de todo o Executivo Federal.
Esse debate deve ser feito de forma séria, permanente, nos espaços que garantam a participação da categoria. Carreira se constrói com unidade, muita luta e ao longo de nossa história sempre provamos que avanços são possíveis num contexto de mobilização. Não são pessoas ilegítimas que vão manchar nossa história. Faremos um debate franco como sempre, com diálogo com os trabalhadores.
Estão mentido para os servidores do MTE e isso não pode ser tolerado. “Desafiamos a qualquer um provar qual foi o momento que nossa Confederação foi contra qualquer plano de carreira para nossa base. Ao contrário, estamos sempre trabalhando em defesa das pautas dos servidores, travando debates com seriedade e responsabilidade”, reforça Sérgio Ronaldo da Silva.
“Não acredite em mentiras e injustiças. Esse debate passará pela mesa nacional de negociação permanente do Ministério da Gestão e da Inovação. Acompanhe e participe desses debates. A Condsef/Fenadsef fará 33 anos sempre pautada na busca por avanços nas pautas dos servidores públicos, com muita luta, com seriedade, respeito e transparência. Não se deixe iludir por falsos profetas”, pontuou.
Condsef/Fenadsef