Nessa segunda-feira (10), marca os cem primeiros dias do governo Lula. No balanço feito pelo presidente a retomada de políticas sociais aparece como um dos destaques. Nesse período, o governo ampliou em R$ 112,1 bilhões investimentos em áreas sociais. Para a Condsef/Fenadsef esse é um indicativo que aponta o serviço público e os servidores como fundamentais no cenário que exige a retomada de um Estado forte.
A consolidação das políticas públicas passa essencialmente pelos servidores. A categoria espera que o governo tenha em mente que os próximos anos serão cruciais para assegurar que o desmonte promovido nos últimos anos seja revertido com políticas de valorização dos servidores e serviços públicos. O diálogo aprimorado sobre o orçamento do próximo ano e o debate que passa por olhar para as desigualdades entre categorias do setor público estão entre as urgências.
“Muita conversa e disposição”
Nos primeiros dias de janeiro, em encontro com centrais sindicais, Lula já havia reconhecido a situação difícil de servidores federais do Executivo, há sete anos sem reajuste. Na ocasião o presidente reforçou que seu governo será pautado no diálogo e na negociação. “Será preciso muita conversa e disposição para construir e fazer mudanças que precisamos”, frisou o presidente.
Nesses primeiros meses de governo, além de assegurar um reajuste emergencial de 9% a partir de 1º de maio e aumentar o auxílio-alimentação em R$200, o governo federal começou a anunciar a abertura de novos concursos públicos. Hoje foi divulgada a abertura de mais de 800 novas vagas para Ciência e Tecnologia. Esse também é um sinal importante na direção da valorização e recomposição da força de trabalho dos servidores, necessária em toda a estrutura do Executivo.
Para a Condsef/Fenadsef, uma ação que precisa ser urgente é formalizar e efetivar a instalação imediata das mesas setoriais de negociação. Esse será um espaço essencial onde categorias do Executivo Federal vão poder discutir reivindicações urgentes que passam por garantir condições ideais de trabalho para fazer com que as políticas públicas cheguem a todos os brasileiros.
Algumas categorias já estão, inclusive, mobilizadas em torno desses debates. Servidores da Funai, da Funasa, em plena luta contra extinção do órgão, do Inmet, da Area Ambiental, são diversas as categorias com processo de mobilização em curso.
Fortalecimento das empresas públicas
No mesmo movimento estão empresas públicas que, também de acordo com o governo, deixaram de estar na mira de projetos de privatização. Pesquisa divulgada pelo Datafolha no último domingo (9), confirma e reforça inclusive que a maioria dos brasileiro segue sendo contra as privatizações.
Em sua base a Condsef/Fenadsef representa empregados e empregadas da Ebserh, Conab, Valec, Imbel e CeasaMinas, também fundamentais e estratégicas para a população. “A mobilização e unidade de todos os servidores e empregados públicos serão diferenciais nesse processo de reestruturação dos serviços públicos e a Condsef/Fenadsef seguirá na linha de frente em defesa dos interesses de todos”, reforçou o secretário-geral da entidade, Sérgio Ronaldo da Silva.
Condsef/Fenadsef