Em ranking global com 44 países, o Brasil apareceu como segundo pior lugar para se aposentar, ficando atrás apenas da Índia.
O relatório é realizado pela consultoria de investimentos Natixis, que cruza diferentes dados relativos à saúde, qualidade de vida, inflação e bens materiais para chegar ao resultado final.
Por outro lado, os melhores locais para se aposentar, segundo o índice, são Noruega, Suíça, Islândia, Irlanda e Austrália. O primeiro país das Américas a aparecer no ranking, o Canadá, ocupa a 15ª posição; entre os latinos, o Chile aparece em 34º.
O índice avalia países integrantes de blocos econômicos como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e os BRICS, do qual o Brasil faz parte.
Entre os 18 indicadores de performance, o relatório dá destaque para a inflação, que tem batido recordes de mais de 40 anos em alguns países.
“Custos crescentes podem representar uma ameaça significativa para a segurança dos aposentados por erosão do poder aquisitivo. Institucionalmente, os investidores serão desafiados a preservar os ativos de forma mais volátil no ambiente de investimento”, diz a análise feita pelo próprio relatório.
Em termos geracionais, também há destaque para a aposentadoria dos “baby boomers”, nascidos entre 1945 e 1964, e da pressão sobre os sistemas de pensão, que devem sofrer um “teste de pressão como nunca antes”.
No Brasil, a pior nota foi atribuída ao acúmulo de bens materiais. Os países lativos que apareceram na pesquisa estão todos entre os dez piores locais quando o assunto é a quantidade de bens materiais na fase idos. Entre eles, o Brasil é o pior.
Os fatores de pressão para a nota ruim nesta categoria são cumulativos, e consideram a igualdade salarial no país, a renda per capita e a taxa de desemprego.
O país também aparece em penúltimo, perdendo para a Rússia, para a análise do valor da aposentadoria média obtida. Este requisito, além da inflação, considera a dependência financeira da aposentadoria na terceira idade, o endividamento do governo e as políticas públicas voltadas para a aposentadoria, entre outros.
Quando se considera a pressão da população mais velha sobre a economia, porém, o Brasil aparece em quinto lugar.
Para investidores na previdência, o maior erro é subestimar a inflação. O índice também aponta os dez maiores erros para aqueles que investem a fim de assegurar um futuro mais tranquilo.
O maior deles é não considerar as perdas sofridas com a inflação, seguido por subestimar, também, a própria longevidade.
Em terceiro lugar, aparece o cuidado para não aumentar muito os valores aplicados periodicamente, bem como ser muito conservador para a aposentadoria e esperar retornos “não realistas” dos investimentos feitos.
Veja ranking completo do índice de melhores países para se aposentar
- Noruega
- Suíça
- Islândia
- Irlanda
- Austrália
- Nova Zelândia
- Luxemburgo
- Holanda
- Dinamarca
- República Tcheca
- Alemanha
- Finlândia
- Suécia
- Áustria
- Canadá
- Israel
- Coreia do Sul
- Estados Unidos
- Reino Unido
- Bélgica
- Eslovênia
- Japão
- Malta
- França
- Estônia
- Polônia
- Cingapura
- Portugal
- Chipre
- Eslováquia
- Itália
- Hungria
- Lituânia
- Chile
- Letônia
- México
- Rússia
- Espanha
- China
- Grécia
- Turquia
- Colômbia
- Brasil
- Índia
R7