A diretoria colegiada do Sindsep-AM vem a público manifestar apoio e solidariedade aos professores, pedagogos e demais servidores e servidoras da educação no Amazonas, que estão em greve por reajuste salarial desde o dia 17 de maio. Conforme o secretário-geral da entidade, Walter Matos, educação não é custo, é investimento, e por isso, os trabalhadores da área precisam e merecem ser melhor remunerados pelos serviços que prestam à sociedade amazonense.
O movimento da categoria de profissionais da educação está atingindo tanto escolas da capital, Manaus, quanto de outros 51 dos 62 municípios do Estado, sendo sua principal reivindicação aumento salarial de 25%. Sob a liderança do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), eles já realizaram diversas manifestações e protestos, inclusive em frente à Assembleia Legislativa do Estado (ALE), mas até o momento não conseguiram chegar a um acordo com o governador Wilson Lima, que ofereceu apenas 8% de reajuste aos trabalhadores.
A data-base 2023 dos trabalhadores da rede estadual de educação venceu no dia 1º de março.
Desde então, o sindicato reivindica, além do aumento de 25% nos salários, reajuste também nos valores do vale-alimentação e auxílio-localidade; revisão do Plano de Cargos Carreira e Remuneração; e manutenção do plano de saúde e extensão para os aposentados.
Em nota divulgada na última terça-feira (23), o governo do Estado afirmou que a paralisação é considerada ilegal pela Justiça do Amazonas, que o movimento está prejudicando os estudantes e que o Sinteam está sujeito a pagar multa diária no valor de R$ 30 mil. O executivo estadual também afirma que “só retomará a roda de negociação com os representantes da categoria quando os professores retornarem às salas de aula”.
O Sindsep-AM acompanha o movimento e espera que os trabalhadores obtenham êxito em seus pleitos. “A greve é direito constitucional dos trabalhadores. O Estado judicializa o movimento na intenção de enfraquecê-lo e derrotar reivindicações legitimas da categoria.
É a hora de pais e alunos darem as mãos aos professores por melhores salários, condições de trabalho e pelo fim da violência nas escolas”, ressalta o secretário geral, Walter Matos.