
A Condsef/Fenadsef participou, nesta quarta-feira (6), da ambientação dos novos servidores do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em Brasília. A entidade abordou a conjuntura política do país, destacando a importância estratégica do serviço público para a soberania nacional. A diretora de Comunicação, Mônica Carneiro, e o diretor de Assuntos Jurídicos, Edison Cardoni, também chamaram atenção para a disputa orçamentária que vem reduzindo a capacidade do Estado brasileiro de oferecer políticas públicas universais e de qualidade ao conjunto da população trabalhadora, lembrando que, nesse contexto, 25% do orçamento discricionário é comprometido por emendas parlamentares, enquanto o pagamento de juros da dívida pública drena recursos essenciais para investimentos sociais.
O papel dos sindicatos gerais e classistas filiados à Condsef/Fenadsef foi reforçado como fundamental na organização política da categoria, atuando de forma unitária em defesa das reivindicações específicas e gerais do funcionalismo público. Essa atuação conjunta é essencial para garantir a força necessária em negociações e mobilizações, destacaram os diretores da Confederação.
Entre as lutas prioritárias dos servidores de todo o Brasil, destaque para o combate à reforma administrativa. Recentemente, o presidente da Câmara, Hugo Motta, determinou a instalação de um grupo de trabalho (GT) que prometeu apresentar, no retorno do recesso parlamentar, uma proposta que não teve um devido debate.
Sob o pretexto de modernização, as poucas audiências – promovidas com participação majoritária de expoentes liberais e de representantes da iniciativa privada – apontam para uma intenção clara de flexibilização dos vínculos e precarização das relações de trabalho no setor público. A tentativa de aprovar rapidamente a reforma administrativa surge de uma aliança político-empresarial que visa subverter o papel do Estado como garantidor de direitos e convertê-lo em plataforma de negócios para o capital privado.
Além disso, a Condsef/Fenadsef reafirmou pautas prioritárias e urgentes para a maioria dos servidores do Executivo Federal, como a necessidade de correção das distorções salariais, equiparação de benefícios entre os Três Poderes e regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), visando assegurar direitos básicos e condições dignas de trabalho para toda a categoria.
A entidade reforça seu compromisso com a valorização do serviço público, destacando que a defesa de políticas públicas de qualidade, da estabilidade funcional e de vínculos de trabalho sólidos é essencial para o fortalecimento do Estado e a promoção da justiça social no país.
Condsef/Fenadsef