
Nesta terça (22), às 14h30, a Condsef/Fenadsef, suas entidades filiadas e representantes do Comitê Nacional dos Intoxicados participam de uma audiência pública com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Na pauta central do encontro com o ministro será levada a demanda por plano de saúde para servidores da extinta Sucam, intoxicados durante trabalho de combate a endemias.
Muitos desses servidores sofrem com os efeitos graves do uso de substâncias como o DDT, BHC e outros inseticidas do grupo organoclorado, usados para combater doenças causadas por mosquitos, como a malária, a leishmaniose e a febre amarela. Dezenas já faleceram. A luta em busca de dignidade a esses servidores é histórica e já chegou a ser reconhecida como questão humanitária em 2011, pela então ministra Maria do Rosário.
SOS Sucanzeiros
O que esses trabalhadores buscam é garantir o mínimo de dignidade no enfrentamento dessas sequelas adquiridas ao longo de sua vida laboral no setor público. Vale registrar que a maioria dos servidores afetados foram contratados até o ano de 1988, a grande maioria, portanto, está em idade avançada.
Um outro fator corroborador desse processo da doença, é a estagnação salarial do servidor, que se agrava com a perda do poder de compra. Soma-se a isso a chamada inflação médica que corrige os valores dos planos de saúde, ocasionando a impossibilidade de se arcar com assistência médica especializada ao que o caso requer.
A Condsef/Fenadsef reafirma seu compromisso com a reparação histórica desses trabalhadores e segue atuando em diversas frentes legislativas e institucionais para garantir o reconhecimento e o atendimento integral das vítimas da contaminação por DDT e BHC.
Condsef/Fenadsef