
A enquete pública aberta pela Câmara dos Deputados sobre a PEC 38/2025, da reforma administrativa, revela a ampla rejeição da sociedade à proposta que ameaça desmontar o serviço público no Brasil. Até o momento, mais de 51 mil pessoas já participaram da consulta, e 96% dos votos foram na opção “Discordo totalmente”.
A proposta, defendida pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e apresentada pelos deputados Pedro Paulo (PSD-RJ), Zé Trovão (PL-SC), entre outros, vem sendo criticada por servidores, especialistas e entidades representativas por abrir espaço para a privatização de funções essenciais do Estado, fragilizar vínculos de servidores e comprometer a oferta de serviços públicos à população.
É fundamental que cada servidor e cada cidadão se manifeste nessa enquete. Essa é uma oportunidade de mostrar que o Brasil defende o que é público.
Participe e faça sua voz ser ouvida:

População não quer o desmonte do Estado
Nos comentários deixados pelos participantes da enquete, predominam críticas contundentes à proposta e à tentativa de responsabilizar servidores públicos, especialmente os de base, pelos problemas fiscais do país.
“Simplesmente não há pontos positivos. Cada vez mais tiram os direitos dos funcionários públicos (baixo escalão) dizendo ser eles que consomem a maior parte do dinheiro público, quando, na verdade, nós sabemos bem onde e com quem estão os maiores gastos”, escreveu um dos participantes.
Outro comentário enfatiza o caráter de retrocesso da PEC:
“É um absurdo isso ter que ser debatido na Casa! Um retrocesso às garantias adquiridas pelos servidores! Estaremos de olho em cada deputado que votar a favor desse abuso.”
Há também quem denuncie o objetivo político por trás da proposta:
“Querem precarizar o serviço público para poder controlá-lo, pois não gostam de sistemas que não podem burlar.”
Essas manifestações mostram o sentimento crescente de indignação com o avanço de medidas que, sob o discurso de modernização, buscam enfraquecer o Estado e retirar direitos conquistados com décadas de luta. O resultado da enquete é um recado direto ao Congresso Nacional: a sociedade não aceita o desmonte dos serviços públicos. A maioria sabe o que está em jogo. A PEC 38 é um ataque ao serviço público, ao Estado e à democracia. O povo não quer retrocessos.
Mobilização cresce contra a PEC 38
Por isso, messa quarta-feira, 29, na Marcha Nacional do Serviço Público contra a Reforma Administrativa, servidores de todo o Brasil estarão em Brasília para dizer em alto e bom som que o serviço público tem quem o defenda. A partir das 9h, em frente ao Museu Nacional, com mobilizações também em diversas capitais.
Condsef/Fenadsef