O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu, nesta última segunda-feira (29/11), a tramitação urgente de uma reforma administrativa no Congresso Nacional. O senador, contudo, ressaltou que “o problema do Brasil não é funcionário público” e que os servidores “não podem ser demonizados”.
“Está aí a pandemia para nos mostrar o que foi o Sistema Único de Saúde [SUS] brasileiro para poder salvar vidas. Dia e noite, sem hora extra, o sujeito trabalhando lá para assistir a população”, explicou o parlamentar em encontro com a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap).
Aos empresários, o senador defendeu uma reforma administrativa que não demonize o servidor e que torne o funcionalismo público mais “atraente e produtivo”. “Temos de atrair pessoas vocacionadas. Não podemos ter uma realidade em que o emprego público é muito melhor, remunera mais e dá uma estabilidade infinita”, defendeu.
Segundo o presidente do Senado, a dificuldade em dar celeridade à tramitação de uma reforma sobre a remodelação do funcionalismo público decorre do receio de parlamentares de tratar do assunto às vésperas das eleições de 2022.
“Em razão de ser um ano pré-eleitoral, há uma dificuldade [para a reforma tramitar] que não era para existir, porque a reforma vai alcançar apenas os entrantes no funcionalismo público. Vejo esse como melhor modelo possível, uma reforma de Estado para daqui pra frente”, explicou.
Pacheco disse ser “simpático” à reforma. “A Câmara está com alguma dificuldade [para fazer a reforma andar], mas tem toda a simpatia deste presidente para que haja uma evolução que resguarde direitos adquiridos e que pense num plano mais inteligente para atrair talentos e valores”, completou.
Metrópoles