
O Sindsep-AM participou neste domingo (7), Dia da Independência, de uma mobilização nacional em defesa de um Brasil soberano. Em Manaus, o ato ocorreu na Praça Heliodoro Balbi, no Centro, reunindo sindicatos, partidos e movimentos sociais. Os manifestantes defenderam a resistência do país diante das pressões dos Estados Unidos, repudiaram a anistia a golpistas e reforçaram pautas como o fim da jornada 6×1, contra a reforma administrativa, a isenção de imposto para quem recebe até R$ 5 mil e pela libertação da Palestina.
“Esse ato público marca a luta dos trabalhadores contra os ataques do governo dos Estados Unidos ao povo brasileiro, à economia do Brasil. Para nós, o ato é importante também porque o julgamento da cúpula golpista se aproxima e ganha força o projeto de anistia no Congresso. Por isso, hoje estamos na rua”, afirmou Walter Matos, secretário-geral do Sindsep-AM, que, no ato, representou a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
A mobilização reuniu mais de 300 pessoas na Praça Heliodoro Balbi, marcada por faixas e bandeiras espalhadas pelo espaço público. As falas ocorreram em um carro de som que amplificou as mensagens até as ruas próximas, alcançando também a avenida Getúlio Vargas, ao lado, onde havia grande movimentação de pessoas em caminhadas e outras atividades esportivas e culturais.
Após reunir um número considerável de manifestantes, o grupo marchou até a esquina das avenidas Sete de Setembro e Eduardo Ribeiro, onde novas mensagens foram entoadas por meio do carro de som, alcançando pessoas que participavam de uma feira tradicional de artesanato na Eduardo Ribeiro.
“O Brasil e os brasileiros, nesse momento, se mostram e apresentam suas reivindicações, sua brasilidade. Estamos sofrendo ataques, traição dentro do Brasil, mas somos os brasileiros, nós defendemos nossa pátria”, afirmou a secretaria de Assuntos Jurídicos do Sindsep-AM e servidora do Incra, Margareth Buzaglo.

O secretário de Imprensa do sindicato, Jorge Lobato, que é servidor do Inpa, reforçou o posicionamento. “Neste 7 de Setembro, Manaus está nas ruas e nosso movimento em defesa da Ciência e Tecnologia é pela soberania da ciência, do conhecimento, da educação e contra a anistia. Esse é o nosso comprometimento dos movimentos sociais”, disse.
Também estiveram presentes o secretário de Finanças do sindicato, Menandro Sodré, e o ex-secretário-geral do Sindsep-AM, Narciso Barbosa. Este último falou no ato em nome do sindicato, defendendo a soberania do país diante dos ataques dos Estados Unidos, o julgamento dos golpistas e a rejeição da reforma administrativa.
Entendas as pautas
A defesa da soberania frente às pressões dos Estados Unidos trata da necessidade de o Brasil decidir seus rumos sem subordinação externa, como tem defendido o governo Lula com o slogan “O Brasil é dos brasileiros”. Já o repúdio à anistia a golpistas diz respeito à punição devida para Bolsonaro e os aliados que tentaram dar um golpe no país após perderem as eleições de 2022.

O fim da jornada 6×1 busca encerrar a escala de seis dias de trabalho para apenas um de descanso, considerada desgastante e injusta. O texto tramita a passos lentos no Congresso Nacional, que é averso a pautas dos trabalhadores e precisa de maior pressão pública.
A rejeição à reforma administrativa aponta para a preservação dos serviços públicos e dos direitos dos servidores, especialmente a manutenção da estabilidade e do não clientelismo nos órgãos públicos. Atualmente, o Congresso brasileiro discute a retomada de uma reforma e os servidores já se posicionam contra retrocessos.
A pauta de libertação total da Palestina, Estado reconhecido por 147 países — incluindo o Brasil — tem sido encampada pelos movimentos sociais e sindicatos ao redor do mundo. A defesa inclui o fim dos ataques de Israel a Gaza e a retomada de territórios ocupados ilegalmente por Israel na Cisjordânia, território palestino.
Por fim, a isenção de imposto para quem ganha até R$ 5 mil é uma pauta do governo Lula que tramita na Câmara dos Deputados e é defendida pela sociedade civil como forma de aliviar a carga tributária dos trabalhadores de baixa e média renda, gerando justiça tributária.

Ascom/Sindsep-AM