
A luta em defesa dos serviços públicos e contra a aprovação de qualquer reforma administrativa que retire direitos e promova o desmonte do Estado continua. No último (14), entidades se mobilizam em frente ao Anexo II da Câmara dos Deputados, a partir das 9 horas, dia em que o grupo de trabalho (GT), instalado recentemente, anunciou que irá apresentar o seu relatório final sobre a reforma administrativa.
Até o momento, o que se viu foi uma série de audiências marcadas por falas reiteradas de defensores do Estado mínimo, com ampla exposição de representantes do setor produtivo e de instituições alinhadas à visão liberal de gestão pública. Em contraste, entidades como a Condsef/Fenadsef, que representam mais de 80% do Executivo Federal, além de entidades representativas dos servidores estaduais e municipais do funcionalismo, não tiveram qualquer espaço de fala. Outras representações do Poder Executivo com menor representatividade foram relegadas, igualmente, a participações simbólicas, com direito a apenas três minutos de fala em uma audiência pública que tratou do conjunto dos servidores federais.
Não estamos diante de um debate técnico sobre reforma administrativa, mas de uma disputa de rumos: ou lutamos por um Estado capaz de enfrentar desigualdades históricas, ou aceitamos sua transformação em balcão de negócios.
Atividades de mobilização permanente ao longo das últimas semanas dão o ritmo e aumentam a pressão na luta contra a Reforma Administrativa e em defesa dos serviços públicos. Essa semana, centenas de sindicalistas e servidores federais, estaduais e municipais mostraram sua força.
As atividades de mobilização e vigília em defesa dos serviços públicos continuam. No dia (15), uma plenária virtual deve fazer um balanço sobre a mobilização, debater o documento que deve ser apresentado pelo GT da reforma administrativa, além de discutir ações de mobilização para as próximas semanas.
Reafirmamos nossa defesa de um Estado estruturado para reduzir desigualdades, combater a concentração de renda e garantir direitos. Não aceitaremos reformas que atacam quem serve ao povo para beneficiar quem vive às custas dele!
Não é reforma; é demolição!
Aliança das Três Esferas